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CRESS-PE promove seminário sobre etarismo e ageísmo no mundo do trabalho

13/05/2024 às 14h07

Na quinta-feira passada (09/05), a Comissão Temática de Envelhecimento e Trabalho do CRESS-PE (CTET) realizou o seminário  “Etarismo e Ageísmo: os rebatimentos do acesso e permanência no mercado de trabalho e as condições dignas para aposentadoria”. O evento alusivo ao Mês do Trabalho, contou com a participação, como palestrantes, de Suzi Rodrigues (Socióloga, ex-superintendente Regional do Ministério do Trabalho e Emprego em Pernambuco) e Patrícia dos Anjos (atual Superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego em Pernambuco). Ainda participaram como debatedores, Filipe Souza Coelho e Rivanielly Gomes, ambos Assistentes Sociais e integrantes da CTET.

O seminário teve como objetivo dialogar sobre o impacto do etarismo e do ageísmo na classe trabalhadora e seu rebatimento nas condições de aposentadoria, na atual conjuntura. 

"Procuramos desvelar com o debate, a partir da reflexão do envelhecimento humano na perspectiva da totalidade social, as expressões de preconceito, discriminação e estigmas relacionados ao envelhecimento da classe trabalhadora produzidas na relação capital versus trabalho. Nos nossos estudos, observamos que envelhecer para a classe trabalhadora, na sociabilidade burguesa, significa muita das vezes a perda de valor de uso e troca para o capital, havendo assim uma desvalorização social desse segmento da população estigmatizada como improdutiva e onerosa aos cofres públicos. Portanto, podemos considerar que há uma ideologia presente no cotidiano que culpabiliza esse segmento pelas próprias mazelas, na qual deve ser desmistificada em conjunto a luta pela implementação de políticas públicas no campo dos direitos humanos para as pessoas idosas", destacou Filipe Souza Coelho. 

Para Suzy Rodrigues, essa é uma pauta urgente. "Em 2100 vai triplicar a população idosa, a gente tem que plantar essa semente de políticas públicas hoje", afirmou. 

Patrícia dos Anjos, por sua vez, destacou a importância do Ministério na condução e mediação de ações de sensibilização para que os agentes do mercado incorporem práticas antiageístas. "A gente tem percebido que o mercado está cada vez mais exigente. O melhor caminho é construir a partir do diálogo. A empresa até pode cumprir a cota no papel, mas a gente não sabe de fato se há uma política de acolhimento. O mero número não traduz a realidade de como está a situação deste trabalhador", explicou. 

Saiba mais - Confira a reportagem do Bom Dia Pernambuco com a Assistente Social e integrante da CTET, Rivanielly Gomes sobre os impactos do etarismo e ageísmo na classe trabalhadora no mercado de trabalho: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/bom-dia-pe/video/etarismo-discriminacao-por-idade-nao-atinge-somente-os-mais-velhos-e-antecede-violencia-contra-idosos-12582574.ghtml

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