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Desafios e perspectivas da luta antirracista no Serviço Social: reflexões sobre uma roda de diálogo

27/12/2024 às 10h04

 

Élida Maria Oliveira do Nascimento

No último dia 27 de novembro, o Conselho Regional de Serviço Social de Pernambuco (CRESS-PE) promoveu um encontro reflexivo e mobilizador: uma roda de diálogo com o tema “A luta antirracista no Serviço Social: desafios e perspectivas”.  O evento ocorreu no Museu da Abolição, em alusão ao dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, 20/11. Essa ação foi organizada pelo Comitê Antirracista do CRESS-PE, composto por assistentes sociais, estudantes e bacharéis em Serviço Social, um movimento que vem articulado com o compromisso ético-político da categoria de assistentes sociais e do conjunto CFESS-CRESS.

A ocasião foi enriquecida pela presença e contribuição da professora Valdenice Raimundo, assistente social, docente e pesquisadora da Universidade Católica de Pernambuco. Valdenice tem Pós-doutorado em Feminismo Africano pela UFPE, Doutora em Serviço Social pela UFPE, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião e professora da graduação em Serviço Social da Universidade Católica de Pernambuco. 

E ela trouxe para nós uma fala sobre sua trajetória profissional e pessoal. Foi um momento tão potente que é complexo resumir em algumas palavras. De forma afetuosa, Valdenice compartilhou como sua vida é atravessada por racismos e como pautar a questão étnico-racial na Academia é tarefa árdua e que não depende de poucos (as), um debate que é permeado por paradigmas que relegam essas discussões à margem, seja por preconceitos teóricos ou por resistências ideológicas. 

Estar junto com outras amigas, também envolvidas com a luta, deu-lhe ferramentas para que rompesse com paradigmas, sendo muitas vezes associada aos identitarismos ou ao pós-modernismos. Imagine só “não ter espaço para falar para os meus porque não sou marxista ortodoxa e ser acusada de pós-moderna”? 

A verdade é que a questão racial no Serviço Social parece que sempre esteve em um lugar menor, encapsulada à insistência de mulheres e outras(os) como Valdenice. Mas, como ela diz “isso não é só comigo, nem só no Serviço Social, a questão racial por muito tempo foi resumida à identidade, não como parte de nossa formação social”. 

Desse modo, não é suficiente combatermos o preconceito, temos que ir mais fundo e compreendermos as mediações que são estabelecidas entre o racismo e processo de exploração e dominação capitalista e como isso repercutiu na marginalização da população negra e forjou as demandas sócio-históricas determinantes para gênese e o desenvolvimento de nossa profissão. 

E nossa sorte é que este desafio histórico não é só de um/a, depende de nossa aquilombagem intelectual e profissional, parafraseando Clóvis Moura.

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