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Dia Internacional da Pessoa Idosa
01/10/2023 às 07h05
Neste domingo (01/10) celebramos o Dia Internacional da Pessoa Idosa. A data, instituída em 1990, chama atenção para o enfrentamento aos estereótipos depreciativos, segregação em razão da idade e estigmatização ao tratar a pessoa idosa como uma criança. Além disso, neste ano, comemoram-se duas décadas do Estatuto da Pessoa Idosa, um importante marco legal no avanço das conquistas para a população idosa e, a partir do qual foi possível tipificar as violências contra esse segmento e punir agressores/as.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população com 65 anos ou mais no Brasil representa 10,5% do total em 2022. Há dez anos atrás esse percentual correspondia a 7%. Projeção do Ministério da Saúde prevê que em sete anos, o Brasil terá a quinta população mais idosa. Importa frisar que 75% da população Idosa recorre ao Sistema Único de Saúde (SUS) e, mesmo assim, ainda são escassas as políticas públicas voltadas para esse segmento da população.
Com o envelhecimento da população se reforça a necessidade de reafirmar o antiageísmo como uma pauta urgente para a garantia dos direitos humanos das pessoas idosas. Isso pode ser materializado por meio de políticas públicas, da efetivação do Estatuto da Pessoa Idosa e da sensibilização da sociedade, percebendo esse segmento da população como protagonistas das suas próprias histórias, os quais devem ter sua cidadania respeitada.
A velhice deve ser compreendida como uma produção social, resultado de todo acúmulo ou ausência de acesso aos direitos sociais (Saúde, Lazer, Educação, Alimentação, entre outros) tidos ao longo da vida. Assim como é necessário compreender que há "velhices" dentro da fase da velhice, reconhecendo a heterogeneidade da pessoa idosa que demonstra aspectos diversos como os determinantes sociais no processo de envelhecimento.
Como trabalhadoras/es que também estamos envelhecendo, é importante reafirmar que respeitar as especificidades das fases da vida é assegurar a dignidade das pessoas, tanto no processo de envelhecimento quanto na fase da Velhice. Reiteramos o compromisso do Serviço Social, em consonância com o nosso Código de Ética, com uma virada de chave nas percepções e práticas direcionadas às pessoas idosas, particularmente, na perspectiva da Gerontologia Social Crítica, como bem nos explica a professora Dra. Sálvea Campelo.
Em alusão a este dia e para mais reflexões sobre o tema, dialogaremos em outubro, sobre o Serviço Social e a Gerontologia Social Crítica: desafios e possibilidades. A atividade será aberta para estudantes e profissionais de Serviço Social. Logo mais divulgaremos todas as informações. Contamos com sua participação!